Novak

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Novak Djokovic é o ídolo maior da Sérvia no momento. Tivemos o prazer de estar em Belgrado nas semanas que antecederam o título de Wimbledon e a chegada ao topo do ranking. O simpático e carismático Novak ganhou mais dois fãs!

Abaixo, matéria publicada no LANCE! em 4 de julho de 2011, dia seguinte à vitória sobre Nadal em Londres. Foi também a data oficial da chegada de Djokovic ao topo.

O “manezinho” de Belgrado

Novak Djokovic é um “manezinho”. A relação com a sua Belgrado lembra, em muito, a que Gustavo Kuerten tinha com Florianópolis, na época em que o brasileiro estava entre os melhores do mundo. Um comercial exibido sem parar nas TVs locais mostra bem a relação que o maior ídolo sérvio do momento tem com seus fãs devotos.

Na propaganda de uma operadora de celular, Novak ou Nole – maneiras mais comuns com que os sérvios se referem ao novo número 1 do mundo -, aparece em várias situações cotidianas de Belgrado. No mercado, comprando verduras de um simpático vendedor (tivemos a oportunidade de conhecer a nova celebridade, que exibe, orgulhoso, uma foto com Djoko em sua banquinha). Em uma escola, conversando com alunos, jogando bola perto de uma ponte, enfim, o ídolo entre “mortais”.

“Djokovic é um cara simples” foi uma frase que ouvimos da maioria das pessoas de Belgrado. Stanko Cvjetkovic, grande fã de Djokovic e do Estrela Vermelha, time também do tenista, conta que o ídolo trata a todos com simplicidade e humildade. Apesar de residir em Mônaco, ele faz questão de aparecer na cidade em que cresceu.

De tempos em tempos, visita o Novak Center, complexo de tênis que ele pegou abandonado, há quase seis anos, e revitalizou completamente. O Centro fica em uma região que deveria ser nobre na capital da Sérvia: no encontro dos rios Sava e Danúbio. No entanto, era uma área degradada e que está se transformando com a ajuda do número 1 do mundo e sua família – com o gerenciamento da Family Sport, empresa que tem os pais de Djokovic, Srdjan e Dijana, como presidentes.

Seja nas quadras ao redor do mundo, território em que reina absoluto em 2011, ou nos negócios, Novak Djokovic é o numero 1. Para a sua gente de Belgrado, ele é apenas Novak, um cara simples que coloca a Sérvia no topo do tênis mundial e nas manchetes dos jornais de todo o globo.

Hvala, Beograd!

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des.pe.di.da
sf (fem do part de despedir) Ação de despedir ou despedir-se; separação, partida, adeus.

Com certeza, não existe ser humano que goste da sensação.

Um aperto no coração, um nó na garganta.

Para um viajante, despedidas são cotidianas. Você tem de lidar com elas e ponto. Mas, como é difícil dizer adeus! Principalmente, quando você deixa para trás seres humanos tão fantásticos como encontramos em Belgrado, nosso primeiro destino na jornada pelos Balcãs.

Foram oito noites de risadas, conversas, descobertas, cafés, cervejas e afins. A capital da Sérvia abriu os braços para esses dois viajantes. Em troca, absorvemos tudo. Perguntamos, fuçamos, sentimos. E partiremos com aquele apertinho do lado esquerdo do peito, já com a sensação que somente os lusófonos sabem definir com precisão e espírito de um Vinícius de Moraes: saudade.

Como será acordar sem o café e os pães quentinhos da Lily, uma irmã mais velha que ganhamos aqui? Um enorme coração, sempre com sorriso no rosto, pessoa maravilhosa.

As madrugadas também não serão as mesmas sem as cervejas e a companhia de Stanko. Até o sol nascer no céu de Belgrado, foram conversas sobre os mais variados assuntos, de política a história, de esporte a cinema. Claro, sem esquecer o Estrela Vermelha e Novak Djokovic, suas grandes paixões. Não houve dia em que acordamos e ele não estava na frente da TV, caneca de café na mão, assistindo a todos os jogos de Wimbledon.

Nos despedimos de Belgrado levando nas mochilas, mentes e corações mais do que experiências ou sensações, mas novos amigos. Como esquecer de Milan, um dos caras mais engraçados que conhecemos, outro ótimo companheiro dos papos madrugadas adentro, fã de Simpsons e Family Guy? E as “portuguesas”, que conhecemos ao fim de uma balada, porque elas nos ouviram falar a língua de Pessoa e Camões? Sérvias, estudantes de letras, que falam português! Quais as chances?

Hvala, Beograd!

Obrigado, Belgrado!

P.S.: Ainda temos alguns posts sobre Belgrado. Nos próximos dias, mais um pouquinho sobre a capital da Sérvia. Agora, o destino é a Croácia!