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Não poderia haver personagem mais apropriado para a categoria +Mais – com os posts que faltaram da jornada balcânica – do que Josip Broz, o Marechal Tito.
Visitamos cinco das seis repúblicas que formavam a Iugoslávia sob seu comando (oficialmente, de 1953 até 1980, quando ele morreu). Somente a Eslovênia não entrou no roteiro. Tito é uma unanimidade. Permita-me, caro Nelson Rodrigues, mas nesse caso não há nada de burra na opinião geral.
Porque o Marechal, líder da corajosa resistência dos partisans contra os nazistas na II Guerra Mundial, foi o único a unir a região. Sob a bandeira vermelha, branca e azul, com a estrela vermelha no centro, bósnios, sérvios, macedônios, eslovenos, montenegrinos e croatas conviveram, por quase 30 anos, pacificamente.
Mais do que isso, Tito soube dar autonomia para cada república, de modo que mesmo as minorias estivessem representadas. Um equilíbrio delicado que só um homem com seu carisma seria capaz de manter.
Além da proeza de segurar a harmonia interna, o líder iugoslavo peitou nada mais nada menos do que Josef Stalin, o comandante peso-pesado da União Soviética.
Depois de ascender ao poder em 1945, com o fim da guerra, Tito rompeu com a aliança soviética três anos depois. Em 1955, Nikita Kruschev virou o líder da USSR, mas Tito não abriu mão de sua independência. Seis anos depois, liderou a Conferência Internacional dos Países Não-Alinhados. Todos os países membros teriam postura neutra em relação à Guerra Fria.
A cooperação quando Leonid Brejnev assumiu o comando dos soviéticos não significou submissão. Ao contrário, a Iugoslávia manteve um modelo de comunismo independente, aberto com relação aos países capitalistas e harmônico internamente. Com a morte do Marechal, em 4 de maio de 1980, esse país virou pó em menos de uma década.
O repórter confessa conhecimento superficial sobre os modelos comunistas ao longo da história (URSS, Cuba, China). Porém, não consegue enxergar modelo mais bem-sucedido do que a Iugoslávia de Josip Broz. Leitores, por favor, o espaço está aberto para o debate!
Ah, as fotos são do mausoléu onde Tito está enterrado, em Belgrado, também sua residência e local de trabalho.