iPhone balcânico

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40 dias, 89 posts (contando com este, o derradeiro!), mais de 170 comentários e quase 7 mil visitas! O repórter e o fotógrafo agradecem o carinho, a audiência e a divulgação de todos. Vocês estiveram perto de cada história e participaram desta jornada conosco. O Balcânicas foi feito para vocês! Muito obrigado. Aguardem próximo destino da dupla!

Para terminar, um post com as imagens do iPhone. Um olhar diferente do, digamos, “oficial”. Enquanto o fotógrafo pensava o melhor ângulo, a melhor luz e o melhor foco, o repórter captava cenas cotidianas com a câmera do telefone. São 42 imagens da aventura pelos Balcãs, em ordem cronológica.

Um abraço e até breve!

Fernando e Diogo.

Belvedere, Dubrovnik

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Em pesquisa no Google sobre o Hotel Belvedere, encontrei a notícia do New York Times, de 10 de novembro de 1991: Dubrovnik Shelled – em português, Dubrovnik bombardeada.

A reportagem diz que as forças iugoslavas (leia-se sérvias, de Slobodan Milosevic) realizaram vários ataques à cidade croata. Por navios posicionados no Mar Adriático e pelo ar, com vários aviões, os bombardeios começaram às 7h45 da manhã e continuaram à tarde.

Segundo Milosevic, a cidade teria de ser parte de Montenegro, à época aliado forte dos sérvios. Assim, Dubrovnik sofreu cerco de sete meses durante a guerra civil que desmembrou a Iugoslávia.

Um dos pontos atingidos foi o luxuoso Hotel Belvedere, onde refugiados croatas estavam escondidos. Outros dois alvos foram o Hotel Argentina (o mais sofisticado do Mar Adriático) e o Palace Hotel, também cinco estrelas.

Visitamos o Belvedere e os estragos ainda estão lá, já que o hotel foi completamente abandonado após os bombardeios. Janelas estilhaçadas, quartos vazios, piscinas sem água e cheias de sujeira, paredes marcadas por balas de todos os calibres. Um complexo de luxo vazio e sombrio, que contrasta com a beleza da vista do mar da linda Dubrovnik.

No Belvedere, o tempo parou. Pena que tenha sido em momento tão triste da História…

Karlovacko

Os dias na agradável e bela Dubrovnick foram tão “atribulados” que não escrevemos sobre a cerveja croata, a Karlovacko! Ou vocês não se lembram da tarde com “Ozzy Osbourne“? Aliás, para chegar no estado em que se encontrava, nosso querido personagem tomou algumas garrafinhas da dita cuja, além das Caipirinhas, claro!

Em uma pequena cidade a 56 km de Zagreb, Karlovac, nasceu, em 1854, a cervejaria Karlovacka, fundada pelo Barão Nikola Vranyczany. No mesmo ano, a fábrica começou a produção da refrescante Pilsen. Com 5,4% de álcool, a Karlovacko tem gosto leve, perfeito para os dias de praia em Dubrovnik.

Em 2003, grande parte da empresa foi adquirida pela Heineken. Dois anos depois, a gelada venceu prêmio internacional de cervejarias, como a melhor das loiras com teor entre 4,5 e 5,5%. Não sei, não, mas a julgar pela situação de nosso amigo “Ozzy”, talvez a Karlovacko tenha mais do que 5,4% de álcool!

ZIVELI!

Barrados

Croácia / Bósnia, fronteira. 4 de julho de 2011. Passageiros do ônibus Dubrovnik-Mostar detidos ao tentar entrar na Bósnia sem passaporte. Após quase 1 hora de impasse e com os outros passageiros já revoltados pela demora, o ônibus partiu em direção à Mostar, sem os dois.

Ozzy em Dubrovnik

Croácia, Dubrovnik. 3 de julho de 2011. "Ozzy Osbourne" entra cambaleante nas areias da praia. Quatro horas depois, ainda chumbado, saiu aplaudido pelos banhistas, que gritavam: "Ozzy! Ozzy!". Agradeceu aos fãs, bradando: "I am the Iron Man!". Histórico!

Room, pizza, taxi, nightclub, souvenir…

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No momento em que pisamos em Dubrovnik, percebemos que éramos apenas mais dois entre milhares de turistas que desembarcam na cidade croata para curtir o sol e a praia em pleno verão europeu. “Room?”, perguntam uma dúzia de senhoras, com fotos de quartos para hospedar viajantes. “Taxi”, diz um motorista, já dando o seu preço para nos levar até a cidade velha. Claro, sempre mais caro que o ônibus. A primeira oferta foi de 10 euros. O ônibus nos custou menos de dois!

Na chegada ao albergue, outra diferença com relação ao que encontramos em Belgrado e, muito provavelmente, ao que vamos nos defrontar nas outras cidades dos Balcãs. Um lacônico e mau humorado senhor pediu os passaportes, o pagamento, deu algumas regras do local e indicou nosso quarto. Fim de papo. Não há curiosidade sobre quem são os “forasteiros”.

Nas ruas, a toada turística segue agressiva. “Pizza, lunch, pasta, nightclub…”. Eles nos chamam sem parar, entregam flyers e por aí vai. Os inúmeros grupos de turistas que chegam dos cruzeiros, identificados com etiquetas das operadoras, colaboram para tornar a cidade quase uma Disney de veraneio. No horizonte, na vista da praia, os enormes navios não são capazes de enfeiar a paisagem do mar azul turquesa. Mas, que incomoda um pouquinho, incomoda.

Sim, a cidade é maravilhosa. As praias, as ruínas, o charme das ruas de mármore da Old City. Tudo encanta em Dubrovnik. Mas, é uma cidade turística. Ponto. Há pouco envolvimento com os locais. Para eles, que são simpáticos e atenciosos, somos apenas mais dois turistas. Ou melhor, três turistas, já que nosso amigo Fabio juntou-se à dupla para curtir um pouco da bela cidade croata.

Passamos dias maravilhosos em Dubrovnik e recomendamos para todos que queiram descansar à beira da praia, comer bem, relaxar. Para viajantes-mochileiros-jornalistas, foi uma ótima pausa depois de dias e noites agitadas em Belgrado. Mas, agora, a dupla balcânica deseja retomar a rotina de envolvimento com as pessoas, ter a troca, as conversas e as experiências mais profundas para levar mais do que belas paisagens a vocês que estão nos acompanhando. Queremos mais.

Próximo destino, viagem amanhã, segunda-feira (4): Mostar, na Bósnia e Hezergovina.

P.S.: Assim como Belgrado, Dubrovnik ainda reserva alguns posts. Em tempo, colocaremos mais textos sobre os dois destinos já conhecidos pelo balcânicas.

P.S. 2: A dupla balcânica decidiu que os posts que não entraram serão publicados depois que percorrermos todos os destinos do roteiro. Aguardem o pós-balcânicas

Picigin

Croácia, Dubrovnik. 2 de julho de 2011. Picigin é um esporte muito popular nas praias croatas. Em círculo e dentro da água, os jogadores rebatem uma bolinha de borracha, do tamanho de uma de tênis. O objetivo é atingir o adversário, que tenta impedir a queda da bolinha na água. Os participantes também podem atrapalhar uns aos outros, jogando água para desconcentrar o oponente. Curioso e interessante.

Dubrovnik

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De cara, percebe-se que Dubrovnik é uma cidade diferente. Na costa do Mar Adriático, de frente para a Itália, se transforma, rapidamente, na nova queridinha do turismo europeu. As pessoas do Velho Continente são os principais visitantes da cidade, fundada no século VII.

No passado, a principal atividade econômica de Dubrovnik foi o comércio marítimo. Hoje, claro, o turismo é o motor da cidade. Por isso, tem uma vocação diplomática, aberta a receber gente de todos os lugares do mundo.

Uma cidade antiga, com paisagens lindas, belas praias e vida turística ativa. Esta é Dubrovnik.

Problemas técnicos

Croácia, algum lugar na estrada. 1° de julho de 2011. Ônibus enguiçado, pela segunda vez no trajeto de Belgrado até Dubrovnik.

Mais de 14 horas depois…

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Na última noite, exatamente às 22h45, deixamos Belgrado, com aquele apertinho mencionado posts atrás, em direção a Dubrovnik, na Croácia. Já imaginávamos a canseira da jornada, porque o trajeto atravessa a cadeia de montanhas dos Balcãs. Da planície onde está a capital da Sérvia até o litoral croata, muito asfalto e 12 horas de viagem. Que se transformaram em mais de 14 horas, porque nos deparamos com duas quebras e em ônibus diferentes! Percalços de mochileiros-jornalistas.

A parte final da viagem, a partir de Mostar, na Bósnia e Hezergovina, é linda, com vistas da costa e do Mar Adriático. Apesar de todo o perrengue, valeu a pena chegar na linda Dubrovnik! Mais ainda pelo encontro com o amigo Fabio e pelo maravilhoso final de tarde na praia. A Croácia promete. Aguardem os próximos posts!